Pôr do Sol no Alentejo

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sábado, 31 de maio de 2014

Olhos nos olhos



Olhos nos olhos a nossa alma desvendamos.
Olhos nos olhos expomos as nossas emoções.
Olhos nos olhos dizemos: o quanto amamos!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Oração






Habita-me, penetra-me.
Seja teu sangue um como meu sangue.
Tua boca entre em minha boca.
Teu coração aumente o meu até estalar.
Desgarra-me.
Caias inteira em minhas entranhas.
Andem tuas mãos em minhas mãos.
Teus pés caminhem em meus pés, teus pés.
Arde-me, arde-me.
Cobre-me com tua doçura.
Banha-me tua saliva o paladar.
Estejas em mim como está a madeira no palito.
Que já não posso mais assim, com esta sede
queimando-me.
Com esta sede queimando-me.
A solidão, seus corvos, seus cães, seus pedaços.

Juan Gelman
1930/05/03 - 2014/01/14
Argentina


The last song from of a certain look that already finished

terça-feira, 27 de maio de 2014





Que me importa a vida!
Se contigo, não for vivida!
Que me importa, no mundo estar!
Se não for para te amar!
Quando a tua voz escuto,
Renasço revivo e luto!
Se não sentir o teu amor,
Minha vida mergulha num torpor!
Quando te busco em vão
Tudo para mim é escuridão!
Quando não tenho teu olhar
Tudo me falta: alegria, o sol, o ar!
Se não estiveres presente,
Vegeto nesta vida, de tudo ausente!
Quero contemplar teu olhar!
Quero sentir o teu corpo, vibrar!
Quero beijar-te docemente
Quero abraçar-te eternamente!
 Amo-te meu amor! Com paixão!
Habitarás sempre o meu coração! 

quinta-feira, 22 de maio de 2014




O mundo cada vez mais precisa de alimentos. Será necessário produzir muito e não sabe se a agricultura tradicional pode responder a esse desafio. Os transgénicos poderão ser uma esperança ou uma ameaça. Tudo dependerá do bom senso no seu manuseamento. Em tudo na vida há vantagens e desvantagens a sabedoria está em saber escolher!

terça-feira, 20 de maio de 2014



O homem é livre como pássaro em gaiola. Pode-se mover dentro de certos limites.

Esta frase espelha um pouco o que se passa com todos nós. Em que o pássaro somos nós, e a gaiola é a sociedade com as suas leis e as suas limitações.
Quase todos nós gostaríamos de fazer tudo o que nos apetecesse, de acordo com a nossa vontade e natureza. Mas, se isso acontecesse e se todos nós fizéssemos o que bem entendesse-mos acabaríamos inevitavelmente por interferirmos uns com os outros, e consequentemente, haveria conflitos.
Ao longo dos séculos foram-se criando leis, para resfriar os excessos e dessa forma foi-se limitando as liberdades. Acabando na maior parte das vezes, por os povos perderem a sua liberdade, por zelo exagerado do legislador, ou por outras razões.

Hoje nós gozamos a nossa liberdade democrática. Temos aquela liberdade que é possível sem atropelar a liberdade dos outros.

Se minhas mãos pudessem desfolhar



Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranquila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

Granada, 10 de Novembro de 1919

Federico Garcia Lorca

domingo, 18 de maio de 2014




ELEVAÇÃO


Acima dos lagos, acima dos vales,
Das montanhas, dos bosques, das nuvens, dos mares
Para além do sol, para além dos éteres,
Para além dos confins das esferas de estrelas,

Meu espírito, tu moves-te com agilidade,
E, como um bom nadador que desfalece na onda,
Sulcas jubilosamente a imensidão profunda
Com uma indescritível e viril volúpia.

Voa para bem longe desses miasmas mórbidos;
Vai purificar-te no ar celestial,
E bebe como um puro e divino licor,
O fogo claro que enche os espaços límpidos.

Por detrás das atribulações e das vastas angústias
Que carregam com seu peso a existência sombria,
Feliz aquele que pode com uma asa vigorosa
Lançar-se até aos campos luminosos e serenos;

Aquele, cujos pensamentos, como cotovias,
Aos céus na manhã tomam um voo livre,
- Quem plana sobre a vida, e compreende sem esforço
A linguagem das flores e das coisas mudas!


 Charles Baudelaire




Uma das coisas que mais falta faz a Portugal é atitude mental, positivismo e optimismo.
 Toda a gente sabe que é melhor ganhar que perder, é melhor ter sucesso que insucesso, é melhor a sabedoria que a ignorância, é melhor a riqueza que a pobreza e é melhor a alegria que a tristeza. Toda a gente sabe isso, mas toda a gente faz ao contrário.
 Está na altura de se fazer alguma coisa pelo nosso País, ocupando a nossa mente com conceitos positivos! Comecemos por nós próprios!  

sexta-feira, 16 de maio de 2014




O Homem tal como os outros animais  é por natureza turbulento e zaragateiro! Essa forma de estar primordial só muda se lhe for incutida uma educação no sentido civilizante com conceitos de amizade, de compreensão, de amor e de paz, entre outros.  

 A paz no mundo só é possível numa humanidade evoluída e completamente civilizada! Que na nossa actual época não passa de uma utopia. Porem, há que sonhar com isso porque o sonho comanda a vida!

Los Borges


 Nada o muy poco sé de mis mayores
portugueses, los Borges: vaga gente
que prosigue en mi carne, oscuramente,
sus hábitos, rigores y temores.

Tenues como si nunca hubieran sido
y ajenos a los trámites del arte,
indescifrablemente forman parte
del tiempo, de la tierra y del olvido.

Mejor así. Cumplida la faena,
son Portugal, son la famosa gente
que forzó las murallas del Oriente

y se dio al mar y al otro mar de arena.
Son el rey que en el místico desierto

se perdió y el que jura que no ha muerto.

quinta-feira, 15 de maio de 2014





Portugal nasceu em 1143 mas antes dessa data, já existia há muitos séculos um povo que habitava aquele espaço geográfico: os lusitanos. Razão pelo qual os portugueses são descendentes dos lusitanos.
 Portugal é um país antigo habitado por um povo ainda mais antigo que já passou por muitas vicissitudes: guerras atrozes contra invasores estrangeiros, guerras civis e fratricidas, pestes dizimadoras, fomes aterradoras e tantas, tantas calamidades ao longo destes quase 900 anos de existência.

 Esta crise comparada com as desgraças do passado não é mais que uma brisa, que agita a classe média. Uma espuma que perdura há já algum tempo e que demora a dissolver-se porque há interesses em mante-la: graças à crise os telejornais mantêm altos níveis de audiências, os debates politico-económicos com os vários especialistas atraem muitos telespectadores, os jornais bombásticos continuam a vender etc, etc. Manter a crise em banho-maria é o ideal para os média. Costuma-se dizer o que é mau para uns, é bom para outros!

terça-feira, 13 de maio de 2014





A nossa pátria é o mundo inteiro, a nossa lei a liberdade!


Nuestra patria es el mundo entero, nuestra libertad ley!


Our homeland is the whole world, our law freedom!


Notre patrie est le monde entier, notre liberté de la loi!

terça-feira, 6 de maio de 2014

J'attends





Je vais attendre mon amour
Tout comme une pièrre.
Le fardeau ne sera pas lourd,
La voie ne sera pas amère.

Moi, je suis déchiré en mille morceaux
Qui crient pour ta presence,
Qui font des chansons et des dances
Pour mon âme la célébrer mot à mot.

Cette obligation d'être heureux,
Je n'ai pas besoin d'elle :
Si tu serais la rivière je serais la goutte d'eau,
Et je serais le papillon si tu serais la chandelle.

Ô, mon amour ! Viens, viens...
À la poussière de tes pieds je veux me sacrifier.
Que tu me donnes la vie ou la mort,
Mais viens ! J'attends toujours ton arrivée.

Poema de  Ricardo Fernandes

segunda-feira, 5 de maio de 2014





Se pudéssemos classificar a classe média de 0 a 20, poderíamos dizer que, quem estivesse próximo do zero estaria muito próximo da pobreza, assim como quem estivesse próximo vinte, estaria próximo da riqueza. Diríamos que a classe média portuguesa e provavelmente a dos outros países também, é móvel e vai- se deslocando umas vezes mais para o lado do zero outras para o lado do vinte, de acordo com o sucesso ou o fracasso das vivências dos cidadãos.

sexta-feira, 2 de maio de 2014



Já ando por aqui neste mundo dos blogues há já uns aninhos. Comecei muito timidamente mas tenho aumentado a participação, principalmente neste decorrente ano. Não sou daqueles que mais publica, nem de perto nem de longe, mas sempre vou escrevinhando. Como já muitas vezes o disse, não escrevo para ninguém, mas sim para mim próprio: é um exercício que pratico, uma ginástica mental…
Hoje irei apresentar-me ao mundo numa pequena biografia, está na hora de abrir a concha de onde não sairá nenhuma perola, mas sim uma pessoa banal como milhões que existem no mundo.

Acerca de mim

A minha foto
Seixal, Setúbal, Portugal