Se pudéssemos classificar a classe média de 0 a 20, poderíamos
dizer que, quem estivesse próximo do zero estaria muito próximo da pobreza,
assim como quem estivesse próximo vinte, estaria próximo da riqueza. Diríamos
que a classe média portuguesa e provavelmente a dos outros países também, é
móvel e vai- se deslocando umas vezes mais para o lado do zero outras
para o lado do vinte, de acordo com o sucesso ou o fracasso das vivências dos
cidadãos.
Nesta época onde grassa o desemprego e as condições económicas
deterioram-se, sem dúvida que a classe média se vai deslocando mais para o lado
do zero.
Uma pessoa é rica porque já vêm de famílias ricas ou porque tiveram sucesso nos negócios ou porque trabalharam muito e
economizaram, ou por outra razão qualquer. Os ricos são uma minoria, muitos
deles usam o seu dinheiro para criar mais riqueza para eles e para os outros. Ser
rico é um desejo da grande maioria dos cidadãos, o dinheiro não é tudo na vida,
mas ajuda muito, costuma dizer-se.
Os pobres são outra minoria embora em muito maior numero
que os ricos, infelizmente. Também eles ou já vêm de famílias pobres ou ficaram
pobres por desgraças da vida. É neste sector social que eu acho que o estado deve
intervir mais. São sobre estas pessoas que deveram incidir os holofotes no
sentido de os ajudar a encontrar o seu caminho. Pessoalmente sou contrário à
atribuição se subsídios permanentes. Acho que se deveria dar, a essas pessoas,
dois tipos de ajuda: a primeira de subsistência e a segunda de orientação
pedagógica no sentido da sustentabilidade pessoal. Também acho que essa tarefa
deveria caber exclusivamente ao estado.
Acho degradante ser
a sociedade civil com a “sua caridadezinha” a encarregarem-se dessa tarefa. Ver
as várias igrejas e seitas religiosas atraírem pessoas para o seu lado em troca
duns pacotes de esparguete ou de umas roupitas.
Uma pessoa pode ser pobre durante
toda a vida, pode até gostar de o ser, outros porém, podem ser pobres durante
um período mau das suas vidas e depois dar a volta por cima e deixarem de o
ser.
Agora difícil! Difícil mesmo de erradicar de Portugal, é
aquela pobreza que é tão comum neste país e que nada tem a ver com falta de
dinheiro: a pobreza de espírito…
Sem comentários:
Enviar um comentário