NUMA TORRE AMURALHADA
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Eu plantei uma floresta do nada,
Como se fosse o próprio Deus.
No meio dela ergui uma torre amuralhada
No interior da qual pus os olhos teus.
Tu dormias. Tu respiravas mansamente.
Tu estavas ignorante da minha presença.
E no entanto eu te observava de perto,
Com remorso pela minha ofensa.
De modo a tu não despertares,
Pedindo em seguida pelo retorno,
Envolvi de sono eterno e mágico
O ar que te estava ao entorno.
Invado os teus sonhos. Destarte
Invado até o corpo de vossa mercê.
A natureza não nos permite tal arte,
Mas se permitisse teríamos um bebé.
Autor: Ricardo Fernandes
Bem-hajas Ricardo
Fernandes.
Adoro a poesia Ricardo Fernandes, ela é natural e as palavras têm a força de sinceridade que brota do coração.
ResponderEliminarGostei das suas poesias
ResponderEliminarDeixo uma frase de um poeta brasileiro.:
Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.
Carlos Drummond de Andrade
Abraço
Leila Riente