Pôr do Sol no Alentejo

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sexta-feira, 28 de março de 2014




Simão era vendedor de material eléctrico, vendia em toda a zona sul do país mas, excepcionalmente há três meses, também fazia a zona norte, desde que o seu colega que vendia na zona norte, deixara a empresa.
Na sexta-feira passada foi convocado para uma reunião no escritório do patrão, para lhe ser apresentado o novo vendedor que iria fazer o norte do país.
 Simão gostou do seu novo colega: Alexandre, com ele iria fazer mais uma viagem pelos clientes do norte! Era necessário para apresentação do novo vendedor aos clientes.
Seguiram viagem na segunda-feira de manhã. Alexandre, conduzia a carrinha e Simão ia falando um pouco de tudo: dos clientes, de futebol, de mulheres, de anedotas e tudo o mais que lhe viesse à cabeça.
Alexandre ouvia e ria-se das piadas do colega! Não gostava lá muito de anedotas mas… Também não percebia lá muito de futebol, era do Sporting mas não sabia o nome de nenhum jogador do seu clube. De mulheres estavam mais à vontade tinha muitas amigas.
Quando o outro se cansou de falar, ele começou a falara das suas amigas da personalidade de cada uma delas, de como se vestiam e calçavam. Falou das lojas onde ele costumava comprar as suas roupas. As cores que se usavam este ano, da sua marca de perfume favorito, etc.
Simão ao princípio estava gostar de o ouvir mas, depois começou a achar que Alexandre tinha um “piquinho à azedo”  e foi evadido por pensamentos do género: Ora porra! Logo me foi calhar um paneleirote e esta noite vai dormir no mesmo quarto que eu! Vou mas é arranjar uma desculpa qualquer para ficar noutro quarto, não vou dormir no mesmo quarto deste gajo…

 Os pensamentos de Simão foram interrompidos quando Alexandre anunciou que tinham chegado a Leiria, onde iriam visitar o primeiro cliente.
 A visita correu lindamente, o cliente gostou de Alexandre e fez uma boa encomenda! Tinham entrado com o pé direito. Simão ficou tão satisfeito que até se esqueceu dos seus anteriores pensamentos.
 Continuaram pelo auto-estrada do norte, saindo nas localidades para visitarem os clientes. Almoçaram em Coimbra e estavam ambos muito bem dispostos: estava tudo a correr às mil maravilhas: estavam fartos de vender, Alexandre tinha muito jeito para vendedor, o patrão tinha encontrado um bom vendedor. Quanto ao facto de ele ser maricas, que se lixasse não era da conta dele. Estavam trabalhar aquela semana juntos e depois cada um que se desenrascasse na sua zona!
O dia tinha sido espectacular em termos de vendas. Estavam ambos muito cansados e passariam a noite em Oliveira de Azeméis, na já conhecida e habitual Residencial Oliveirense. Enquanto tomava duche os pensamentos de Simão voltaram-se novamente para os gostos sexuais do seu colega.
Sempre achou que era de uma falta de gosto um homem gostar de outro homem! Como era possível uma coisa dessas? As mulheres lindíssimas e maravilhosas preenchem tudo o que um homem anseia, elas são o complemento do homem. Pela ordem natural das coisas a mulher é a fêmea do homem e o homem o macho da mulher! Mas, apesar de achar falta de gosto o facto de ser gay, ele, sempre os respeitou e acha que cada um é como é e cada um sabe da sua vida.
Contudo, apesar destes pensamentos, sentia uma enorme curiosidade e diga-se em abono da verdade alguma excitação!
Alexandre, em termos físicos fazia inveja a muitas mulheres! Simão já tivera sexo anal com a sua mulher e gostara bastante! Ela, a sua mulher é que não gostou nada! Nunca mais repetiram a experiencia…
Simão, não sabia bem ao certo o que queria, mas, queria avançar queria ver o que ia dar! Mas, como abordar? Como começar? Saiu do duche e limpou-se à toalha e depois decidiu entrar todo nu no quarto, para ver o impacto que causava. Fazendo de conta que se esquecera da roupa interior entrou no quarto nu. Alexandre, estava sentado num cadeirão existente no quarto. Estava a falar animadamente ao telefone e quase que não olhou para Simão.
Simão enquanto vestia a roupa interior apercebeu-se que Alexandre estava a falar com a namorada. Sentiu-se envergonhado por pensar que o colega era maricas, ele, afinal tinha namorada!
Vestiu-se rapidamente e saiu, deixando Alexandre conversar á vontade.
Enquanto caminhava pela cidade os seus pensamentos martelavam-lhe na cabeça: como era possível ele ter pensamentos de sexo com outro homem? É certo que o papel de macho era o dele! Mas, ter sexo com outro homem, é de qualquer maneira um acto homossexual! Não queria pensar mais naquilo era vergonhoso demais! 
Aproximadamente uma hora depois Simão voltou para se ir deitar e encontrou Alexandre já deitado na sua cama a ler.
- Liguei-te para ir ter contigo, mas, deixaste o telemóvel aqui! O que é que aconteceu que desapareceste assim de repente - perguntou-lhe Alexandre.
- Estavas a conversar com a tua namorada e eu fui dar um passeio a pé - respondeu Simão.
-Não tenho namorada nenhuma! Estava a falar com uma amiga, coisas banais sem importância - afirmou Alexandre.
- Pensei… Por isso me fui embora, desculpa –
Enquanto dialogavam Simão ia despindo a roupa que trazia para vestir o pijama. Alexandre seguia-o com o olhar quando lhe disse:
- Não pude deixar de reparar no teu corpo, há cerca de uma hora atrás, quando entraste no quarto nu e agora mesmo quando te despes! Tens um corpão de tirar a respiração –
Quando ouviu estas palavras Simão sentiu um baque no coração! Sorrindo agradeceu nervosamente. Mas, Alexandre continuou no mesmo tom de quem quer algo.
- Além de um belo corpo de homem, também vi que não estás nada mal servido! Tens um belo instrumento! Quanto é que ele mede? -
Simão pensou rápido: tinha que decidir, ou acabava já com a brincadeira ou avançava!
Respondeu: - Não sei quanto mede, nunca o medi! Mas, se quiseres podes medir e nem precisas de metro, podes medi-lo a palmo –
Não precisou de dizer mais nada. Os olhos de Alexandre brilhavam de excitação, debruçando-se sobre o colega…
 Os apelos da luxúria tinham gritado mais alto que tudo:
religião, filosofia, ética ou moral…

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