Nem sempre as minhas relações com meu pai foram boas. Quando era adolescente achava que ele não gostava de mim e que me tratava com um certo desprezo. É provável que eu o tenha desiludido, que não tenha correspondido às suas expectativas.
Porém, com o tempo essa sensação que eu tinha passou e sempre tivemos uma relação muito boa e cordial.
Pensava que gostava dele, porque era o meu pai e ponto final.
Mas agora que ele está doente e que sinto a sua vitalidade a extinguir-se, quase que se me faltam as forças e as pernas tremem-me só de pensar no que poderá acontecer…
Por mais preparados que estejamos para a morte dos nossos pais, quer seja por serem bastante idosos ou por terem alguma doença grave, quando chega o momento da verdade, quando vemos o nosso pai a decair dia após dia, quando recorremos a vários médicos, a varias estadias no hospital e nada lhe pode valer e o vemos cada vez pior. Somos invadidos por uma tão grande tristeza, uma tão grande angustia só de pensar que já não falta muito para a sua partida.
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