Tu
Não é senão contigo
Que posso falar
a minha língua
E através dela
ser compreendido.
Não e senão de
ti
Que vem a
inspiração
Dos meus cinco
sentidos.
Não é senão
para ti
Que levanto-me
a cada manhã
Para uma vida
nova.
Não é senão por
tua causa
Que a cada
noite resisto a deitar-me
Como se, por
ser sozinho, fosse numa cova.
Não é senão
junto a ti
Que encontro o
conforto da união,
A mais
completa, a de livre vontade.
Não é senão em
ti
Que encontro o
fogo do desejo
Ainda ardente
quando nada mais arde.
Não é senão a ti
Que aponta a
seta
Da minha meca.
Não é senão tua
face
Que me domina o
pensamento,
O meu pecado
que não peca.
Não é senão
"tu"
O pronome
pessoal mais pessoal,
Pois o menos
pronunciado.
E não é senão
em teu nome
Que rezo minhas
preces (quando rezo),
Pedindo para
aceitar o meu fado.
Ricardo Fernandes
Recordar é um prazer.
ResponderEliminarE ser recordado é igualmente um prazer, ainda maior.