Pôr do Sol no Alentejo
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quarta-feira, 24 de junho de 2015
segunda-feira, 15 de junho de 2015
O tio Laurindo
É com enorme emoção que vemos publicado no facebook palavras
justas e verdadeiras, que homenageiam um homem fantástico que eu tive o
privilégio, de ter como pai.
Ao meu querido primo Luís Fernandes, muito agradeço a justa
homenagem que ele fez a meu pai Laurindo Bordonhos Soares Frutuoso.
Nunca
estamos preparados para a morte de alguém que admiramos e amamos, o meu tio
Laurindo morreu na última 5ª feira... quem com ele teve o privilégio de privar
sabe a enorme falta que fará a muitas pessoas e quando digo isto não me estou a
referir apenas a nós, familiares e amigos mais próximos.
O
meu tio era um ser humano ímpar, amigo do seu amigo, excelente pai, marido, tio
e avô... onde o Laurindo estava ninguém lhe ficava indiferente... era o bom
humor em pessoa, brincava e animava-nos sempre, mesmo em momentos difíceis (e
isto inclui até funerais, onde se lembrava sempre de situações e momentos
positivos da pessoa em causa), o que nos ajudava a lidar com situações tão
complexas.
Contrariamente
ao que muitas vezes se diz a morte não se mede em ausências, mede-se
essencialmente em espaços… o espaço que ficou na mesa à hora do jantar, mesmo
que o possamos disfarçar criando alguma distância entre cadeiras ou o vazio que
ficou no sofá mesmo que o tenhamos atolado em almofadas de todas as cores e
feitios ou ainda o espaço e os silêncios que persistem numa viagem de carro ou
até mesmo nas discussões dos assuntos mais banais, no caso do meu tio, até nas
nossas animadas conversas entre quem merecia ganhar, se o seu Sporting, se o meu
enorme Benfica .
É
difícil suportar o barulho ensurdecedor de algumas ausências, principalmente
porque, tantas e tantas vezes, percebemos que estiveram quase sempre à
distância de um abraço.
A
minha filhota, adorava-o... achava-lhe piada, muita... e vezes sem conta, se
lembrava das sua boa disposição e capacidade de dar cor a dias mais
"cinzentos".
A
vida da minha tia Sina, companheira de uma vida (cerca de 70 anos, entre namoro
e casamento), nunca mais será a mesma... a nossa também não, mas quem os
conhecia sabe que, para a Sina nada será como dantes.
A
melhor maneira de homenagear quem parte? Continuarmos a cuidar de quem fica...
e como todos sabemos, as pessoas que amamos só partem, definitivamente, quando
nos esquecemos delas e disso o Laurindo pode ter a certeza que nunca acontecerá
tal não é legado que nos deixa, de boa disposição, de positividade, de amizade
e amor a tantas, tantas pessoas.
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