Pôr do Sol no Alentejo

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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Um dia, entre outros


Cada dia que passa, é como uma página de um livro que se está lendo e em que os pormenores muitas vezes nos passam ao lado, porque os consideramos banais ou sem importância. Porém, cada dia que passa, é um pedaço da nossa vida com momentos únicos e irrepetíveis.
Contudo, o meu dia de hoje, sábado 21 de Fevereiro de 2015, não foi lá muito rico em acontecimentos:
- Acordei por volta das 6 horas, mas ainda era muito cedo para me levantar, por isso deixei-me estar e fui dormitando até o rádio despertador tocar às 7 horas. Levantei-me e tal como faço todos os dias, fui ainda em pijama para a cozinha e coloquei água na chaleira. Enquanto a água aquecia, arrumei a loiça lavada que estava dentro da máquina de lavar loiça. De seguida estendi a toalha na mesa e preparei a mesa para dali a uma hora tomarmos o pequeno-almoço, eu e a minha mulher. É quase igual todos os dias, para ambos: começamos com uma fruta, normalmente laranja, depois comemos um ovo cada um e bebemos, eu, uma chávena de chá e ela, uma chávena de café com leite e comemos ambos, torradas com manteiga e às vezes doce.
Porém, antes de tomar o pequeno-almoço, ou o café da manhã como alguns dizem, eu deixei ferver a água e preparei o chá: casca de limão e duas rodelas de gengibre. Deixo ficar o chá na chaleira e coloco um pouco de água quente num copo grande, acabo de encher com água fria, de forma a ficar morna, depois junto meia colher de chá de bicarbonato de sódio e mexo até dissolver bem o bicarbonato, de seguida espremo lá para dentro, meio limão e bebo de seguida.
Vou depois para a casa de banho e enquanto estou sentado na sanita leio um ou dois capítulos de um livro, um velho hábito, penso que dessa forma já li centenas de livros. Aliás, sem ler, o meu organismo não funciona. De seguida tomo banho, faço a barba e visto-me. Tomamos o pequeno-almoço e saímos para o trabalho.
Temos duas lojas, eu estou numa e a minha mulher está noutra. Eu deixo-a na loja dela e depois sigo para a minha. Na minha, eu tenho uma empregada em part-time, só trabalha de manhã. Hoje quando seguia para a minha loja parei numa passadeira para dar passagem a um casal. Reconheci-os, um velho amigo e a mulher: ele vinte anos mais velho que ela e extremamente ciumento. Ela, lindíssima, de fazer parar o trânsito. Quando passaram na passadeira, ele olhou sempre em frente e não me viu, mas ela olhou para mim e eu pisquei-lhe um olho, que lhe originou um sorriso. Um gesto irreflectido que me provocou algum rubor de imediato.
Quando cheguei à loja, preparei um candeeiro para entregar e montar em casa de uma cliente, conforme já tinha sido combinado na sexta-feira.
Em casa da cliente, uma senhora já com bastante idade e de uma meiguice impressionante. Adorava conversar e o trabalho que normalmente demora meia hora, demorou duas horas e meia.
Foram várias histórias, da história fantástica da vida da Dona Helena. Que Deus ajude e guarde. Uma querida senhora.
Quando voltei à loja eram 13 horas, eram horas de fechar para o almoço. A manhã tinha sido razoável em termos de negócios. O mesmo não pude dizer da loja da minha mulher. Que teve uma manhã horrível!
Para ela o trabalho na loja terminou, ela ao sábado só trabalha de manhã, mas eu trabalho o dia todo na minha loja.
Fomos a casa almoçar e de seguida fomos tomar café ao café da nossa rua. Ela ficou em casa e eu segui para a loja. A tarde na loja também não foi má de todo. Tive sempre gente e o tempo passou num ápice.
Cheguei a casa por volta das sete e meia comemos uma frutinha enquanto conversamos sobre as vendas e de seguida fomos às compras ao Pingo Doce como é hábito aos sábados à noite. Além das compras, trouxemos também de lá um frango que foi o nosso jantar. Jantamos e a seguir arrumei a cozinha.
Vi um pouco de televisão, o telejornal e uma cronica política, depois começou a telenovela, para isso, eu não tenho paciência, mas a minha mulher adora! E como habitualmente fui para o escritório e liguei o computador para fazer qualquer coisa, como por exemplo: descrever o meu dia de hoje! 
Agora que terminei e descrevi o meu dia de hoje: absolutamente banal! Apenas dois acontecimentos relevantes me ficaram com mais intensidade na memória:
- O primeiro e o mais interessante: o ter conhecido a Dona Helena.
- O segundo: pelo atrevimento da piscadela de olho, à mulher do meu amigo. 

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