Pôr do Sol no Alentejo

Pôr do Sol no Alentejo

Seguidores

domingo, 26 de janeiro de 2014





Parfum exotique


Quand, les deux yeux fermés, en un soir chaud d'automne,
Je respire l'odeur de ton sein chaleureux,
Je vois se dérouler des rivages heureux
Qu'éblouissent les feux d'un soleil monotone;

Une île paresseuse où la nature donne
Des arbres singuliers et des fruits savoureux;
Des hommes dont le corps est mince et vigoureux,
Et des femmes dont l'oeil par sa franchise étonne.

Guidé par ton odeur vers de charmants climats,
Je vois un port rempli de voiles et de mâts
Encor tout fatigués par la vague marine,

Pendant que le parfum des verts tamariniers,
Qui circule dans l'air et m'enfle la narine,
Se mêle dans mon âme au chant des mariniers.

 Charles Baudelaire


Perfume exótico

Quando eu a dormitar, num íntimo abandono,
Respiro o doce olor do teu colo abrasante,
Vejo desenrolar paisagem deslumbrante
Na auréola de luz d'um triste sol de outono;

Um éden terreal, uma indolente ilha
Com plantas tropicais e frutos saborosos;
Onde há homens gentis, fortes e vigorosos,
E mulher's cujo olhar honesto maravilha.

Conduz-me o teu perfume às paragens mais belas;
Vejo um porto ideal cheio de caravelas
Vindas de percorrer países estrangeiros;

E o perfume subtil do verde tamarindo,
Que circula no ar e que eu vou exaurindo,
Vem juntar-se em minh'alma à voz dos marinheiros.

Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"
Tradução de Delfim Guimarães

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

pintura de Malangatana Valente

                    Saí do comboio,
                    Disse adeus ao companheiro de viagem
                    Tínhamos estado dezoito horas juntos…
                    A conversa agradável
                    A fraternidade da viagem.
                    Tive pena de sair do comboio, de o deixar.
                    Amigo casual cujo nome nunca soube.
                    Meus olhos, senti-os, marejaram-se de lágrimas...
                    Toda despedida é uma morte...
                    Sim toda despedida é uma morte.
                    Nós no comboio a que chamamos a vida
                    Somos todos casuais uns para os outros,
                    E temos todos pena quando por fim desembarcamos.
                   Tudo que é humano me comove porque sou homem.
                   Tudo me comove porque tenho,
                   Não uma semelhança com ideias ou doutrinas,
                   Mas a vasta fraternidade com a humanidade verdadeira.
                   A criada que saiu com pena
                   A chorar de saudade
                   Da casa onde a não tratavam muito bem...
                   Tudo isso é no meu coração a morte e a tristeza do mundo.
                   Tudo isso vive, porque morre, dentro do meu coração.
                   E o meu coração é um pouco maior que o universo inteiro.

                   Álvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa.


Os poemas de Fernando Pessoa deixam-me sempre a pensar e este não foge à regra, existiram muito poucos pessoas no mundo como Fernando Pessoa, que em tão poucas palavras me transmitam tanto! É como se o mundo inteiro coubesse dentro dos seus poemas.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014




                      Que me importa estar no mundo
                      Se não tiver o teu amor!
                      Tudo para mim fica sombrio
                      Quando estás ausente!
                      Morro de saudade quando te afastas
                      Se me faltas: falta-me a alegria, a vida, o ar…
                      Preciso de ti junto a mim.
                      Iluminas-me como o sol
                      Minha vida mergulhava num caos:
                      Se não sentisse o teu amor!
                      E toda a chama da vida em mim se extinguia!
                      Sem ti, nada me interessa!
                      Como eu necessito de ti…
                      Preciso do teu corpo, que me completa!
                      Do teu aroma, que me embriaga!
                      Da doçura dos teus beijos!
                      Da ternura dos teus abraços!
                      És a paixão da minha alma!
                      O amor da minha vida!
                      Contigo quero viver!
                      E contigo quero morrer!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014






Desesperadamente revolto-me com esta situação, com esta  pressão! Porquê tanto pessimismo? Porquê tanta aflição? A vida está a ser difícil…Perde-se o interesse de viver!  Não! Não vamos desistir! Somos deste país! E isso significa sermos corajosos. Isso significa nunca desistir, acredito nas nossas capacidades, acredito no nosso engenho, na nossa ousadia…  No nosso ressurgir!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014



Muito bonito este poema de Ricardo Fernandes, dedicado a alguém que oxalá o mereça!

domingo, 12 de janeiro de 2014





Ela Tinha um feitio levado da breca! Não tinha conversas de jeito! Era pedinchona até dizer chega! Era tão ignorante que até impressionava! Mas, tinha a mania que era esperta! Então porque, se inquietava ele, com a sua demora? Por que razão passava todos os dias à sua porta? Esperançoso de encontrar as janelas abertas! Ele não a amava! Mas, gostava da sua figura! Do seu corpo fantástico! Ela é do tipo que enche o olho! E tem uma particularidade que ele adora: Nos momentos íntimos... Nunca lhe diz que não…

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014




https://www.youtube.com/watch?v=ujQoUEdXr_8

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
A outra metade é silêncio

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Pois metade de mim é partida
A outra metade é saudade

Que as palavras que falo
Não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas como a única coisa
Que resta a um homem inundado de sentimentos
Pois metade de mim é o que ouço
A outra metade é o que calo

Que a minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que mereço
Que a tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
A outra metade um vulcão

Que o medo da solidão se afaste
E o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
Que me lembro ter dado na infância
Pois metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade não sei

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o seu silêncio me fale cada vez mais
Pois metade de mim é abrigo
A outra metade é cansaço

Que a arte me aponte uma resposta
Mesmo que ela mesma não saiba
E que ninguém a tente complicar
Pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Pois metade de mim é plateia
A outra metade é canção
Que a minha loucura seja perdoada
Pois metade de mim é amor
E a outra metade também

Osvaldo Montenegro

terça-feira, 7 de janeiro de 2014







Prenda de Natal
Florbela tinha uns belos e expressivos olhos castanhos, uns lábios grossos e sensuais e um nariz proporcional a um rosto lindíssimo: arredondado e gordinho. Seu corpo era gordinho mas, bem feito. Era alegre e bem-disposta. Conhecera Raul quando foi à sua oficina de reparações de electrodomésticos, há uns de dez anos atrás, quando veio viver para Portugal. A partir daí, ela e Raul ficaram amigos.
Florbela tralhou na Alemanha onde amealhou algum dinheiro que investiu na casa onde mora. Trabalha actualmente em Lisboa, num notário e no regresso antes de ir para casa, passa na oficina de Raul. Existe uma química entre ambos, Florbela tem um namorado que vive em Faro, ele de vez em quando, aparece por aí, mas, a maior parte do tempo, ela vive sozinha e é assim que gosta de estar.
Com Raul ela fala de tudo, às vezes brincam ou têm conversas brejeiras. Neste Natal algo mais surgiu entre ambos: ela veio desejar um Feliz Natal a Raul, antes de ir para a Alemanha, onde quase toda a sua família vive. Quando estavam para se despedir, abraçaram-se. Um longo abraço, depois beijaram-se, primeiro no rosto depois na boca, longamente. Grandes manifestações físicas se deram no corpo de Raul e a temperatura aumentou brutalmente, quando Florbela vagarosamente desapertou o cinto das calças de Raul e se baixou. A respiração de Raul alterou-se e tudo parou, no tempo e no espaço…


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

DREAMS with Lisa Gerrard & Rumi (quotes)




.

Poemas de Rumi

Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.

Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.

Vem, se te interessas, posso mostrar-te.
Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.

Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode isto ser segredo para ti?

Finalmente, foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo - um punhado de pó -
vê quão perfeito se tornou!

Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.







Daniel era filho de pai incógnito e a mãe abandonou-o recém-nascido. Viveu toda a sua vida no orfanato. Lá aprendeu a ler e a escrever e lá aprendeu também um ofício. É mecânico de automóveis.
Manuela viveu com seus pais e irmãos numa casa minúscula. Era norma lá de casa começar-se a trabalhar assim que se completava a 4º classe, mas ela como era muito magra e alta e com aspecto frágil, ninguém lhe deu emprego. Apenas seu tio decidiu torna-la sua ajudante. Levantava-se de madrugada para ir para o mercado abastecedor do peixe e depois iam fornece-lo aos vendedores das praças. Estava farta de apanhar frio e de cheirar a peixe, um dia conseguiu arranjar emprego num supermercado e vida tornou-se-lhe mais fácil.
Com 22 anos, Manuela atormentava-se com medo de ficar para tia, até que num dia conheceu Daniel. Ele também tinha 22 anos, era alto e entroncado. Manuela ficou apaixonada, foi amor á primeira vista. Ele não estava habituado a conviver com raparigas, as únicas que conhecia eram as putas do Intendente ou do Bairro Alto e mesmo com essas, ele pouco falava, pagava preço pedido e depois ia à sua vida.
Manuela apesar de tímida foi quem estabeleceu conversa, foi ela que lhe propôs que namorassem. Ele achava-a vulgar, mas apesar de ser magricela, tinha um traseiro saliente que muito o atraiu.

sábado, 21 de dezembro de 2013







O solstício de inverno ocorre hoje dia 21 de Dezembro de 2013, às 17:11!
 Já há muito que sentimos na pele a presença do inverno com os frios intensos que tem feito nos últimos dois meses. Esperemos pois, que este inverno seja mais ameno que o outono! Seja como for, sabemos que os dias a partir de agora, vão aumentar, que os campos que já verdejam vão florir e que tudo recomeça de novo!
 Oxalá o nosso país também se recomponha deste longo inverno que tem arruinado a nossa economia e nos tem tornado mais pessimistas. Que este renascer da natureza seja também, um reerguer do nosso país, que já sofreu muito com esta crise, que nos assola há tempo demais. 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013





Saúde perfeita, abundância de recursos, sabedoria e felicidade!

São as manifestações que preciso da presença de Deus na minha vida.



sábado, 14 de dezembro de 2013







O dia mágico
Está a aproximar-se o Natal, essa data que celebra o nascimento de Jesus. Porém, hoje em dia tem outras expressões. Portugal é um país catolicíssimo mas,  eu tenho dúvidas se o Natal é mais reverenciado como o dia do nascimento de Jesus, ou, se o dia dedicado à família. Inclino-me mais para a segunda hipótese.
A excitação é grande e a crise é esquecida neste período. Todo o mundo só pensa nos presentes para oferecer aos familiares e amigos e na compra das iguarias para a Noite da Consoada e para o Dia de Natal.
Existem muitas tradições em Portugal que se perdem na memória dos tempos e que são localizadas nas várias regiões do país! Mas, há uma que é comum a todo o território nacional: o jantar na Noite de Natal, designada por Consoada. Nessa noite, milhões de portugueses se sentam à mesa: bisavós, avós, pais, tios, filhos, netos, bisnetos, primos, genros, noras, compadres, comadres e muitas vezes vizinhos que vivem sós. Todos se sentam à volta da mesa para comerem o bacalhau cozido com couve portuguesa, batatas, cenouras, nabos e ovos. Tudo temperado com alho cru cortado finamente, azeite e vinagre. Para beber, normalmente usa-se o vinho tinto ou branco e refrigerantes para os mais pequenos. Nas regiões do Minho e Trás-os-Montes

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013


A água: o melhor medicamento e o mais barato dos remédios!




2 Copos de água depois de acordar ajudam a ativar os órgãos internos.
1 Copo de água 30 minutos antes de comer ajuda na digestão.
1 Copo de água antes de tomar banho ajuda a baixar a pressão sanguínea.
1 Copo de água antes de ir dormir evita ataques do coração.
Água + Limão:
1 Copo de água morna + sumo de meio limão, todos os dias em jejum, CURA os diabetes
 (tomar sempre até a glicémia voltar para valores normais)
1 Copo de água + meia colher de café de bicarbonato de sódio + meio limão. 1 Vez por dia além de ser um excelente digestivo é o melhor anticancerígeno que existe!

ÁGUA: o melhor dos medicamentos! Contudo, apesar de ser o mais barato, é também o mais desprezado dos remédios!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013





Mariposa

Uma mariposa a voar
De repente encontra a lua a brilhar
E instantaneamente fica prisioneira
Do encanto de sua face clara.

A mariposa sou eu
E a lua és tu.
Continuo a subir o céu,
Pois só tua beleza me ampara. 






Poema de:  Ricardo Fernandes
Imagem retirada da Internet

terça-feira, 26 de novembro de 2013





Faz de conta que o amas 
Às vezes ele detestava-a, outras: desejava-a! Quando ela lhe apareceu na  vida: jovem, bela, doce …
Foi como uma lufada de ar fresco; um remoçar dos sentidos…
Uma excitante ilusão!
Após os primeiros tempos, as realidades clarificaram-se…
Ela dizia que gostava dele, ele esforçava-me para acreditar!
Era duro um homem saber, que uma mulher só o queria pelo dinheiro que ele lhe dava. Ele bem queria se iludir mas, ela só lhe aparecia quando lhe queria pedir algo…
Depois: desaparecia voltando dias depois: docíssima, sensual e disponível…
Era difícil ele não aceder aos seus pedidos…
Pobre diabo…
Sabia que ela era uma puta mas, continuava, continuava…

segunda-feira, 25 de novembro de 2013




La nuit
La nuit, oh la nuit...
La douceur de sa face!
Face noire, mais douce,
Si douce.
Elle viens sans rien demander.

La nuit s'arrive -
Elle me donne ses caresses
Et je fais silence (finalement).
Avec tendresse en ses mains 
Elle défait mon coiffé 














A noite, oh a noite ...
A doçura da sua face!
Face escura, mas suave,
Tão doce.
Ela vem sem pedir.

Se chega a noite -
Ela me dá suas carícias
Silêncio e eu (finalmente).
Com ternura em suas mãos

Ela desfez o meu desgaste.

Autor: Ricardo Fernandes

http://facebook.com/goul.junoubi

quarta-feira, 20 de novembro de 2013





NUMA TORRE AMURALHADA

♥-------------♥------------♥

Eu plantei uma floresta do nada,
Como se fosse o próprio Deus.
No meio dela ergui uma torre amuralhada
No interior da qual pus os olhos teus.

Tu dormias. Tu respiravas mansamente.
Tu estavas ignorante da minha presença.
E no entanto eu te observava de perto,
Com remorso pela minha ofensa.

De modo a tu não despertares,
Pedindo em seguida pelo retorno,
Envolvi de sono eterno e mágico
O ar que te estava ao entorno.

Invado os teus sonhos. Destarte
Invado até o corpo de vossa mercê.
A natureza não nos permite tal arte,
Mas se permitisse teríamos um bebé.

Autor: Ricardo Fernandes


Bem-hajas  Ricardo Fernandes.

terça-feira, 19 de novembro de 2013




Porquê um blogue

Quando comecei: primeiro foi a excitação de ter conseguido criar fisicamente o blogue, depois foi o arrumar do espaço e finalmente publicar qualquer coisa.
Tinha que fazer qualquer coisa: ou escrevia algo ou publicava textos de outras pessoas que me agradassem.
Comecei a escrever, já há muito que o não fazia e gostei da experiência. Além de alguns textos em prosa, fiz um trabalho de pesquisa sobre um país que me fascina: a Índia. Também perdi a vergonha e publiquei alguns poemas.
Escrevo para quem? Essencialmente para mim, mas sei que qualquer pessoa no mundo, me pode ler, principalmente os falantes do português, por essa razão tenho cuidado com o que escrevo.
No mundo dos blogues, se quisermos que nos leiam, é necessário sejamos seguidores de outras pessoas. É essencial que se comente o que os outros escrevem. Ou seja, se queres que te comentem, tens que comentar! E está certíssimo.

Pessoalmente que disponho de pouco tempo, porque tenho a minha vida profissional e somente por pequenos períodos, depois do jantar, é que passo por aqui e nem sempre. Visito muito pouco as pessoas que sigo e comento ainda menos. Logicamente ninguém me comenta! Para mim não tem importância. Escrevo o que me vai na alma e publicar no blogue é para mim, um desafio para a minha timidez natural, que se tranquiliza um pouco, pensando que ninguém me irá ler.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Bach - Double Violin Concerto in D minor 2nd movement, Largo







Incertezas

  Que procuras?
  O que te faz demandar
  Por outras filosofias
  Sem saberes ao certo o que buscas?
  É incansável no teu caminhar!
  Avanças e recuas,
  Como as ondas do mar
  Neste oceano selvagem!
  Desordenado e insatisfeito
  Remóis mil pensamentos
  Que não param nunca de marulhar!
  Atormentas-te com o passado
  Esquecendo o sol…
  Perdendo a tua essência…
  Que se vai esgotando…







quarta-feira, 13 de novembro de 2013





La Chambre


O teu quarto: tão simples, tão singelo!
A solidão por vezes é tão cruel,
Cortante e fria como gelo.
Triste e amarga como o fel.

Aqui estou eu, pensando em ti, amor…
Pensando nos teus lábios de mel!
Em teu rosto, cujo esplendor:
Incendeia-me e arrepia-me a pele. 

Acalentando em mim o desejo;
Sonhando com os beijos teus:
Tão singelo quarto, almejo!

Lembrando a  doçura dos olhos teus...
O teu singelo quarto, agora me parece:
Um paraíso oferecido por Deus.

Dedicado a uma flor perdida algures pelas inquietações da vida.
Imagem: La chambre de Van Gogh

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Aparências

 Maldito espelho;
Que me mostras a realidade!
Que destróis as minhas fantasias;
Que expões, nua e crua a verdade!
Será que mostras mesmo o autêntico?
Não será a tua verdade aparente?
Não mostrarás apenas um rosto:
Patinado pelo tempo!
Endurecido pela vida!
Castigado pelo fado!
Não será tudo uma ilusão?
Para me enganares.
Iludes! Espelho…
Quem tu mostras, não sou eu!
Mostras o outono!
Mas, eu sinto, penso, sonho…
Como se fosse primavera…



terça-feira, 4 de junho de 2013


Lembranças

Como que envolvido por emanações etílicas, divaguei aleatoriamente por entre caminhos que se alongam por quiméricas ilusões!
Sempre a mesma enigmática figura! Que persiste na minha cabeça: vagarosamente como por osmose a imagem vai tomando forma, os sentidos analisam o espectro e a imagem vai tornando-se real.
Depois, já é constante e imutável: aqueles belos olhos, que serenamente perscrutam!
Aquele sorriso melancólico que ultrapassa a minha alma! Aquele sereníssimo rosto, que me Inebria com a sua doçura…
Não me canso de afagar o seu rosto: como se os meus olhos, fossem mãos; como se os meus olhos fossem lábios…
Sempre a mesma imagem! Sempre o mesmo rosto! Meu Deus…
Já passaram tantos anos…
Porém, as lembranças perduram!
Nada apaga a imagem, daquela que pela primeira vez habitou o meu coração…







terça-feira, 30 de abril de 2013

Vídeos carregados (lista de reprodução)



Para comemorar o dia mundial da dança 29 de Abril nada melhor que Giuseppe Picone,
 dançando "La Lacrimosa" do Requiem de Mozart.

Acerca de mim

A minha foto
Seixal, Setúbal, Portugal