Pôr do Sol no Alentejo

Pôr do Sol no Alentejo

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segunda-feira, 25 de novembro de 2013




La nuit
La nuit, oh la nuit...
La douceur de sa face!
Face noire, mais douce,
Si douce.
Elle viens sans rien demander.

La nuit s'arrive -
Elle me donne ses caresses
Et je fais silence (finalement).
Avec tendresse en ses mains 
Elle défait mon coiffé 














A noite, oh a noite ...
A doçura da sua face!
Face escura, mas suave,
Tão doce.
Ela vem sem pedir.

Se chega a noite -
Ela me dá suas carícias
Silêncio e eu (finalmente).
Com ternura em suas mãos

Ela desfez o meu desgaste.

Autor: Ricardo Fernandes

http://facebook.com/goul.junoubi

quarta-feira, 20 de novembro de 2013





NUMA TORRE AMURALHADA

♥-------------♥------------♥

Eu plantei uma floresta do nada,
Como se fosse o próprio Deus.
No meio dela ergui uma torre amuralhada
No interior da qual pus os olhos teus.

Tu dormias. Tu respiravas mansamente.
Tu estavas ignorante da minha presença.
E no entanto eu te observava de perto,
Com remorso pela minha ofensa.

De modo a tu não despertares,
Pedindo em seguida pelo retorno,
Envolvi de sono eterno e mágico
O ar que te estava ao entorno.

Invado os teus sonhos. Destarte
Invado até o corpo de vossa mercê.
A natureza não nos permite tal arte,
Mas se permitisse teríamos um bebé.

Autor: Ricardo Fernandes


Bem-hajas  Ricardo Fernandes.

terça-feira, 19 de novembro de 2013




Porquê um blogue

Quando comecei: primeiro foi a excitação de ter conseguido criar fisicamente o blogue, depois foi o arrumar do espaço e finalmente publicar qualquer coisa.
Tinha que fazer qualquer coisa: ou escrevia algo ou publicava textos de outras pessoas que me agradassem.
Comecei a escrever, já há muito que o não fazia e gostei da experiência. Além de alguns textos em prosa, fiz um trabalho de pesquisa sobre um país que me fascina: a Índia. Também perdi a vergonha e publiquei alguns poemas.
Escrevo para quem? Essencialmente para mim, mas sei que qualquer pessoa no mundo, me pode ler, principalmente os falantes do português, por essa razão tenho cuidado com o que escrevo.
No mundo dos blogues, se quisermos que nos leiam, é necessário sejamos seguidores de outras pessoas. É essencial que se comente o que os outros escrevem. Ou seja, se queres que te comentem, tens que comentar! E está certíssimo.

Pessoalmente que disponho de pouco tempo, porque tenho a minha vida profissional e somente por pequenos períodos, depois do jantar, é que passo por aqui e nem sempre. Visito muito pouco as pessoas que sigo e comento ainda menos. Logicamente ninguém me comenta! Para mim não tem importância. Escrevo o que me vai na alma e publicar no blogue é para mim, um desafio para a minha timidez natural, que se tranquiliza um pouco, pensando que ninguém me irá ler.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Bach - Double Violin Concerto in D minor 2nd movement, Largo







Incertezas

  Que procuras?
  O que te faz demandar
  Por outras filosofias
  Sem saberes ao certo o que buscas?
  É incansável no teu caminhar!
  Avanças e recuas,
  Como as ondas do mar
  Neste oceano selvagem!
  Desordenado e insatisfeito
  Remóis mil pensamentos
  Que não param nunca de marulhar!
  Atormentas-te com o passado
  Esquecendo o sol…
  Perdendo a tua essência…
  Que se vai esgotando…







quarta-feira, 13 de novembro de 2013





La Chambre


O teu quarto: tão simples, tão singelo!
A solidão por vezes é tão cruel,
Cortante e fria como gelo.
Triste e amarga como o fel.

Aqui estou eu, pensando em ti, amor…
Pensando nos teus lábios de mel!
Em teu rosto, cujo esplendor:
Incendeia-me e arrepia-me a pele. 

Acalentando em mim o desejo;
Sonhando com os beijos teus:
Tão singelo quarto, almejo!

Lembrando a  doçura dos olhos teus...
O teu singelo quarto, agora me parece:
Um paraíso oferecido por Deus.

Dedicado a uma flor perdida algures pelas inquietações da vida.
Imagem: La chambre de Van Gogh

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Aparências

 Maldito espelho;
Que me mostras a realidade!
Que destróis as minhas fantasias;
Que expões, nua e crua a verdade!
Será que mostras mesmo o autêntico?
Não será a tua verdade aparente?
Não mostrarás apenas um rosto:
Patinado pelo tempo!
Endurecido pela vida!
Castigado pelo fado!
Não será tudo uma ilusão?
Para me enganares.
Iludes! Espelho…
Quem tu mostras, não sou eu!
Mostras o outono!
Mas, eu sinto, penso, sonho…
Como se fosse primavera…



terça-feira, 4 de junho de 2013


Lembranças

Como que envolvido por emanações etílicas, divaguei aleatoriamente por entre caminhos que se alongam por quiméricas ilusões!
Sempre a mesma enigmática figura! Que persiste na minha cabeça: vagarosamente como por osmose a imagem vai tomando forma, os sentidos analisam o espectro e a imagem vai tornando-se real.
Depois, já é constante e imutável: aqueles belos olhos, que serenamente perscrutam!
Aquele sorriso melancólico que ultrapassa a minha alma! Aquele sereníssimo rosto, que me Inebria com a sua doçura…
Não me canso de afagar o seu rosto: como se os meus olhos, fossem mãos; como se os meus olhos fossem lábios…
Sempre a mesma imagem! Sempre o mesmo rosto! Meu Deus…
Já passaram tantos anos…
Porém, as lembranças perduram!
Nada apaga a imagem, daquela que pela primeira vez habitou o meu coração…







terça-feira, 30 de abril de 2013

Vídeos carregados (lista de reprodução)



Para comemorar o dia mundial da dança 29 de Abril nada melhor que Giuseppe Picone,
 dançando "La Lacrimosa" do Requiem de Mozart.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013











Espigueiros do Minho



Espigueiros da aldeia do Lindoso

Estes monumentos, existentes em muitas aldeias no Minho eram construídos em granito: uma rocha duríssima, abundante no norte de Portugal. Serviam para proteger o milho das intempéries e dos roedores. As suas paredes são fendidas para que o ar circule através das espigas empilhadas. No topo são geralmente rematados por uma cruz, que significa a invocação divina para a protecção dos cereais. Parte destes espigueiros, são ainda hoje utilizados pelas populações locais.

 Espigueiros da aldeia do Soajo 

A aldeia do Soajo, situada numa das vertentes da Serra da Peneda, sobranceira ao Rio Lima é famosa pelo vasto conjunto de espigueiros erigidos sobre uma enorme laje granítica, usada pelo povo como eira comunitária. O mais antigo data de 1782. Esta aldeia Minhota é famosa pela sua história. Foi fundada no século 1, mas só no século XVI é que lhe foi atribuída carta de foral. Desde a fundação da nacionalidade portuguesa que o seu povo goza de privilégios.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013




Só tu  



Quando sou rude,
Acalmas o meu ímpeto.  
Quando digo coisas estúpidas,
Respondes-me com inteligência.
Quando estou desanimado,
Dás-me ânimo e força!
Quando me sinto só,
Largas tudo por mim.
Quando estou triste,
O teu sorriso contagia-me!
Quando me sinto inseguro,
Acalmas-me e animas-me!
Quando me emociono,
Abraças-me e choras comigo.
Quando estou feliz,
Comungas da minha alegria.
Quantas vezes, reclamo da má sorte!
Quando tenho, muito mais que sorte!
Tenho-te a ti…

quarta-feira, 5 de setembro de 2012











http://www.youtube.com/watch?v=eGpVWvihYYs




Esta magnífica canção de Neil Diamond: “Be” que tanto gosto, traz-me  à memória esse inesquecível livrinho: Fernão Capelo Gaivota de  Richard Bach, que tanto me impressionou, quando eu era mais jovem.

domingo, 6 de maio de 2012













Apesar de algumas queixas por uma ou outra questão, a esmagadora maioria de todos nós, adora o Facebook. Com esta excelente ferramenta, podem-se rever velhos amigos e conhecer outros novos. Podem-se trocar ideias e expressar as emoções. Podem-se trocar experiências, permutar sabedoria, partilhar impressões e aprender continuamente!
 Penso que este intercâmbio entre pessoas de todo o mundo é uma excelente forma de se ganhar consciência para as injustiças que infelizmente acontecem por todo o planeta e contribui para uma maior compreensão e tolerância entre todos os seres.


sábado, 5 de maio de 2012













Por vezes apetecia-lhe ir brincar com os seus amigos: jogar à bola, à apanhada, jogar ao berlinde, à carica, ao pião… Mas não! Ficava a brincar com a sua priminha. Preferia-a aos outros! Eles eram apenas meus amigos! Ela era para ele, muito mais importante, talvez fosse inconscientemente o seu primeiro amor, ou talvez fosse: a voz do sangue.
Um dia ela foi viver para outras paragens. Mas, as imagens daquele período ficaram congeladas na sua mente. Apareceu passado alguns anos, e a sua imagem actualizou-se. Hoje está perfeitamente enquadrada no conjunto dos seus primos. Contudo, talvez por se terem separado numa fase marcante da vida, ela continua a ser para ele a sua prima favorita. 

quarta-feira, 2 de maio de 2012











“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa 


Dedicado a uma pessoa muito corajosa: o meu querido amigo Ricardo Fernandes.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Algumas das minhas músicas






quarta-feira, 13 de julho de 2011

I have a Castle






Tenho um castelo! Mas o meu castelo não é feito de grandes pedras, como os que existem na minha terra. Os que aqui existem foram construídos há muitos séculos para defender as terras, as pessoas, os bens e os seus senhores feudais.

O meu castelo foi-se construindo, para mim, ao longo dos anos. Tem uma estrutura exterior que vai mudando com o tempo, influenciando indubitavelmente o seu interior. O meu castelo é a minha base, o meu ponto de partida e a minha retaguarda. Gosto de o abrir às influencias do mundo às brisas cósmicas para que receba o suprimento tão necessário para que não fique submergido no tempo. Porem, por vezes fecho-o… O seu alcaide é muito imprevisível…
Comentário efectuado á imagem do retrato falado de: yaraeosol - yaralm, "I have a Castle"

domingo, 10 de julho de 2011

Conjecturas






Embriagado nas palavras que despertam emoções

Sensações singulares que nenhum vinho pode provocar,

Percorro os sombrios bosques que ditam a imaginação

Apascentando o espírito com subtis pensamentos

Numa aliança entre incertezas e conjecturas,

Vou reconsiderando em aparente sonolência

Os sentimentos e emoções celebrados pela vida...


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Quadras Populares

Depois dos haikais japoneses, temos agora as quadras populares tão ao gosto do povo português.Em Portugal, sem exagero, existem milhares de poetas populares e milhões de quadras. Eis mais algumas!




 
Andorinhas: como gosto do vosso canto fraterno
Quando chegais em Fevereiro, ao meu encosto.
Aqueceis o meu coração, no frio Inverno
E como é triste ver-vos partir, no quente Agosto.
Autor desconhecido



 
 
 
 
 
O meu nome não tem importância
No blogue chamo-me twoefes
Não pretendo ter relevância
Mas brincar por momentos breves.



No Mundo, Omar Khayyan: todos conhecem.
Em Portugal os versos de Aleixo encantam.
Os Rubaiyat: a alma enaltecem.
As quadras: a dureza da vida cantam.



Khayyan fez a apologia do vinho.
Aleixo: a do fado e das adversidades,
Pessoalmente prefiro outro caminho
Que não seja: bebida ou as fatalidades.



Falar de nós próprios é complicado
Podemos ficar confundidos.
Ou somos modestos, em demasiado,
Ou excessivamente convencidos.



Os tempos que correm são de contenção,
Mas nós com firmeza e confiança
Venceremos a crise, com determinação:
A seguir à tempestade vem a bonança!



Mas, enquanto a tempestade não expia
O melhor é viver com descontracção.
Viver sem receios o dia-a-dia
Desfrutando a vida com animação



A vida são dois dias, com se diz!
Temos que aproveita-la ao máximo
Fazendo tudo para ser feliz
Usufruindo hoje e não no próximo.



Amar e ser amado
Seja o lema de todo o mundo!
Com um sorriso encantado
Para todos: um abraço profundo!



Reguengos de Monsarraz - Alentejo


Alentejo, Alentejo
Onde eu fui pastor!
Vim para Lisboa
Para ser vendedor!
Popular

domingo, 12 de junho de 2011

Haikais

Haikai é um poema simples constituído por três versos. Originalmente só existia no Japão, com métrica rígida, mas hoje é comum em todos os países do mundo, em verso livre. Pode não haver regras definidas, mas é normal falar dos elementos da natureza quando se faz um haikai.






Sinto no teu olhar

Uma tristeza sem fim

De uma noite sem luar.


Sinto-me tão triste

Porque perdi o teu olhar

Como o vento partiste…


Suspiro fundo

Porque me falta beber

A água do teu olhar profundo.


Quando te vejo sorrir

Rejubilo de alegria

Como uma flor, a abrir.

Acerca de mim

A minha foto
Seixal, Setúbal, Portugal