Pôr do Sol no Alentejo

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terça-feira, 12 de agosto de 2014


Silvestre tem 56 anos,  a empresa, onde trabalhara a vida inteira, faliu e fechou as portas. Pela primeira vez na vida estava desempregado e sem saber o que fazer da vida… Já tinha bebido uns copos estava meio ébrio, por isso sentou-se num banco de jardim a pensar na sua vida. Tinha começado a trabalhar com 16 anos: durante as férias escolares resolveu arranjar emprego numa empresa de divisórias de alumínio e já não quis estudar mais.
Dois ou três anos depois e já a trabalhar noutra empresa, recomeçou  a estudar durante a noite por razões profissionais e concluiu o curso industrial. Resolveu continuar no curso complementar de mecanotecnia onde concluí o 1ºano. Durante a frequência do 2ºano a empresa onde trabalhava, tinha muito trabalho e ele estava também a precisar de ganhar dinheiro porque queria casar-me e desistiu do curso.
Antes de ir trabalhar para a S.T.I. M. passou por três pequenas empresas todas ligadas à transformação do alumínio, que ia mudando assim que arranjava outra que pagasse melhor. A partir da S.T.I. M. nunca mais mudou de empresa. Gostou da S.T.I. M.  porque tinha muitas regalias e refeitório com comida muito boa e também gostava do sistema de mobilidade que lá havia: existiam varias profissões e os empregados podiam movimentarem-se sair de um lado para outro. Foi exactamente o que ele fez por duas vezes. Primeiro pedi u para sair da serralharia civil para a caldeiraria que lhe agradava mais e mais tarde concorreu para o departamento de estudos onde lá ficou durante 14 anos até a S.T.I. M. fechar.
Agora não sabe o que fazer à vida é certo que está a receber o subsídio de desemprego mas o subsídio acaba ao fim de ano e meio. Tem procurado emprego por todo o lada mas nada! Aos 56 anos ainda se é novo, para lhe darem a reforma, mas é velho  para lhe darem emprego! Foda-se! Mas que puta de vida!

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