Pôr do Sol no Alentejo

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terça-feira, 4 de junho de 2013


Lembranças

Como que envolvido por emanações etílicas, divaguei aleatoriamente por entre caminhos que se alongam por quiméricas ilusões!
Sempre a mesma enigmática figura! Que persiste na minha cabeça: vagarosamente como por osmose a imagem vai tomando forma, os sentidos analisam o espectro e a imagem vai tornando-se real.
Depois, já é constante e imutável: aqueles belos olhos, que serenamente perscrutam!
Aquele sorriso melancólico que ultrapassa a minha alma! Aquele sereníssimo rosto, que me Inebria com a sua doçura…
Não me canso de afagar o seu rosto: como se os meus olhos, fossem mãos; como se os meus olhos fossem lábios…
Sempre a mesma imagem! Sempre o mesmo rosto! Meu Deus…
Já passaram tantos anos…
Porém, as lembranças perduram!
Nada apaga a imagem, daquela que pela primeira vez habitou o meu coração…







terça-feira, 30 de abril de 2013

Vídeos carregados (lista de reprodução)



Para comemorar o dia mundial da dança 29 de Abril nada melhor que Giuseppe Picone,
 dançando "La Lacrimosa" do Requiem de Mozart.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013











Espigueiros do Minho



Espigueiros da aldeia do Lindoso

Estes monumentos, existentes em muitas aldeias no Minho eram construídos em granito: uma rocha duríssima, abundante no norte de Portugal. Serviam para proteger o milho das intempéries e dos roedores. As suas paredes são fendidas para que o ar circule através das espigas empilhadas. No topo são geralmente rematados por uma cruz, que significa a invocação divina para a protecção dos cereais. Parte destes espigueiros, são ainda hoje utilizados pelas populações locais.

 Espigueiros da aldeia do Soajo 

A aldeia do Soajo, situada numa das vertentes da Serra da Peneda, sobranceira ao Rio Lima é famosa pelo vasto conjunto de espigueiros erigidos sobre uma enorme laje granítica, usada pelo povo como eira comunitária. O mais antigo data de 1782. Esta aldeia Minhota é famosa pela sua história. Foi fundada no século 1, mas só no século XVI é que lhe foi atribuída carta de foral. Desde a fundação da nacionalidade portuguesa que o seu povo goza de privilégios.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013




Só tu  



Quando sou rude,
Acalmas o meu ímpeto.  
Quando digo coisas estúpidas,
Respondes-me com inteligência.
Quando estou desanimado,
Dás-me ânimo e força!
Quando me sinto só,
Largas tudo por mim.
Quando estou triste,
O teu sorriso contagia-me!
Quando me sinto inseguro,
Acalmas-me e animas-me!
Quando me emociono,
Abraças-me e choras comigo.
Quando estou feliz,
Comungas da minha alegria.
Quantas vezes, reclamo da má sorte!
Quando tenho, muito mais que sorte!
Tenho-te a ti…

quarta-feira, 5 de setembro de 2012











http://www.youtube.com/watch?v=eGpVWvihYYs




Esta magnífica canção de Neil Diamond: “Be” que tanto gosto, traz-me  à memória esse inesquecível livrinho: Fernão Capelo Gaivota de  Richard Bach, que tanto me impressionou, quando eu era mais jovem.

domingo, 6 de maio de 2012













Apesar de algumas queixas por uma ou outra questão, a esmagadora maioria de todos nós, adora o Facebook. Com esta excelente ferramenta, podem-se rever velhos amigos e conhecer outros novos. Podem-se trocar ideias e expressar as emoções. Podem-se trocar experiências, permutar sabedoria, partilhar impressões e aprender continuamente!
 Penso que este intercâmbio entre pessoas de todo o mundo é uma excelente forma de se ganhar consciência para as injustiças que infelizmente acontecem por todo o planeta e contribui para uma maior compreensão e tolerância entre todos os seres.


sábado, 5 de maio de 2012













Por vezes apetecia-lhe ir brincar com os seus amigos: jogar à bola, à apanhada, jogar ao berlinde, à carica, ao pião… Mas não! Ficava a brincar com a sua priminha. Preferia-a aos outros! Eles eram apenas meus amigos! Ela era para ele, muito mais importante, talvez fosse inconscientemente o seu primeiro amor, ou talvez fosse: a voz do sangue.
Um dia ela foi viver para outras paragens. Mas, as imagens daquele período ficaram congeladas na sua mente. Apareceu passado alguns anos, e a sua imagem actualizou-se. Hoje está perfeitamente enquadrada no conjunto dos seus primos. Contudo, talvez por se terem separado numa fase marcante da vida, ela continua a ser para ele a sua prima favorita. 

quarta-feira, 2 de maio de 2012











“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa 


Dedicado a uma pessoa muito corajosa: o meu querido amigo Ricardo Fernandes.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Algumas das minhas músicas






quarta-feira, 13 de julho de 2011

I have a Castle






Tenho um castelo! Mas o meu castelo não é feito de grandes pedras, como os que existem na minha terra. Os que aqui existem foram construídos há muitos séculos para defender as terras, as pessoas, os bens e os seus senhores feudais.

O meu castelo foi-se construindo, para mim, ao longo dos anos. Tem uma estrutura exterior que vai mudando com o tempo, influenciando indubitavelmente o seu interior. O meu castelo é a minha base, o meu ponto de partida e a minha retaguarda. Gosto de o abrir às influencias do mundo às brisas cósmicas para que receba o suprimento tão necessário para que não fique submergido no tempo. Porem, por vezes fecho-o… O seu alcaide é muito imprevisível…
Comentário efectuado á imagem do retrato falado de: yaraeosol - yaralm, "I have a Castle"

domingo, 10 de julho de 2011

Conjecturas






Embriagado nas palavras que despertam emoções

Sensações singulares que nenhum vinho pode provocar,

Percorro os sombrios bosques que ditam a imaginação

Apascentando o espírito com subtis pensamentos

Numa aliança entre incertezas e conjecturas,

Vou reconsiderando em aparente sonolência

Os sentimentos e emoções celebrados pela vida...


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Quadras Populares

Depois dos haikais japoneses, temos agora as quadras populares tão ao gosto do povo português.Em Portugal, sem exagero, existem milhares de poetas populares e milhões de quadras. Eis mais algumas!




 
Andorinhas: como gosto do vosso canto fraterno
Quando chegais em Fevereiro, ao meu encosto.
Aqueceis o meu coração, no frio Inverno
E como é triste ver-vos partir, no quente Agosto.
Autor desconhecido



 
 
 
 
 
O meu nome não tem importância
No blogue chamo-me twoefes
Não pretendo ter relevância
Mas brincar por momentos breves.



No Mundo, Omar Khayyan: todos conhecem.
Em Portugal os versos de Aleixo encantam.
Os Rubaiyat: a alma enaltecem.
As quadras: a dureza da vida cantam.



Khayyan fez a apologia do vinho.
Aleixo: a do fado e das adversidades,
Pessoalmente prefiro outro caminho
Que não seja: bebida ou as fatalidades.



Falar de nós próprios é complicado
Podemos ficar confundidos.
Ou somos modestos, em demasiado,
Ou excessivamente convencidos.



Os tempos que correm são de contenção,
Mas nós com firmeza e confiança
Venceremos a crise, com determinação:
A seguir à tempestade vem a bonança!



Mas, enquanto a tempestade não expia
O melhor é viver com descontracção.
Viver sem receios o dia-a-dia
Desfrutando a vida com animação



A vida são dois dias, com se diz!
Temos que aproveita-la ao máximo
Fazendo tudo para ser feliz
Usufruindo hoje e não no próximo.



Amar e ser amado
Seja o lema de todo o mundo!
Com um sorriso encantado
Para todos: um abraço profundo!



Reguengos de Monsarraz - Alentejo


Alentejo, Alentejo
Onde eu fui pastor!
Vim para Lisboa
Para ser vendedor!
Popular

domingo, 12 de junho de 2011

Haikais

Haikai é um poema simples constituído por três versos. Originalmente só existia no Japão, com métrica rígida, mas hoje é comum em todos os países do mundo, em verso livre. Pode não haver regras definidas, mas é normal falar dos elementos da natureza quando se faz um haikai.






Sinto no teu olhar

Uma tristeza sem fim

De uma noite sem luar.


Sinto-me tão triste

Porque perdi o teu olhar

Como o vento partiste…


Suspiro fundo

Porque me falta beber

A água do teu olhar profundo.


Quando te vejo sorrir

Rejubilo de alegria

Como uma flor, a abrir.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Reflexões





O tempo não para nunca. Jamais!

Os anos vão-se sucedendo: mais e mais…

Porque será que os momentos de felicidade

São tão breves… E longos os de adversidade?

A vida desenrola-se serenamente.

As decepções assolam-me perdidamente!

Dos sonhos, nada acontece

E a vida, não se compadece!

Porque será que sai tudo às avessas?

E as intenções são meras promessas…

Eu bem queria ser optimista!

Mas a minha cabeça, é tão pessimista.

Não posso culpar a sorte

Pelos fracassos e pelo desnorte.

O que para a vida desejei

Quase nada alcancei.

Sucedem-se as Primaveras;

Esvaziam-se as quimeras!

Eu bem gostava de ser rico!

Mas há coisas que não abdico:

Ser dono da minha vida

Recusar uma existência contida!

Não é que não gostasse!

E de viajar não ansiasse!

Percorrer o mundo inteiro.

Sem me preocupar com dinheiro…

Quem no mundo, não gostaria

De ter o mesmo que eu queria?

Viajar pela Índia; os Himalaias conhecer!

Embalado pelos orientais encantos: espairecer…

O Tibete e a Grande Muralha da China;

As pirâmides do Egipto e a Palestina;

Na Pérsia e por Israel peregrinar,

Pela bela Itália e pela Grécia vaguear!

As antigas civilizações americanas, Percorrer

E a volta ao mundo, descrever!

Saciar esta sede de conhecimento!

E aceitar tranquilo: o amadurecimento…

Porem, tenho dúvidas! Estarei enganado?

Não sei, se estou certo ou errado.

Como eu, houve gente, com a mesma ansiedade.

Sem, contudo, alcançarem a felicidade.

Fizeram tudo o que eu desejo,

Sem contudo, alcançarem seu ensejo!

Então o que é que eu tenho?

Que desassossego tamanho?

Que não me dá tranquilidade.

E me faz viver nesta iniquidade.

Outras alegrias, por ventura não existirão?

O amor e a amizade dos que comigo estão!

Como o meu coração se agita, só em pensar…

Maximizando a conjugação do verbo amar,

Com um sorrisinho da Inês.

Com carinhosa altivez!

Ou num abracinho do Rodrigo.

Sempre caloroso e amigo!

As traquinices daqueles dois anjinhos,

Mudam meu sério trato, em melosos carinhos.

Fazem-me esquecer o mundo.

E sentir, um sentimento tão profundo!

Podem ser efémeros os momentos.

Porém, fazem-me esquecer os lamentos!

E viver com emoção e afinidade…

Momentos plenos de felicidade!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Um povo que parte… Outros que chegam...



Sempre nos habituamos a ver Portugal como um país de emigrantes, mas Portugal também sempre recebeu imigrantes, e nos últimos trinta anos temos tido um fluxo quase continuo de pessoas que vêm de todo o mundo. Pessoas que tiveram que partir, dos seus países em busca de melhores condições de vida.
Em Portugal encontram um povo extremamente simpático com os estrangeiros que nos visitam: os turistas, mas para os imigrantes, por vezes não os compreendem muito bem. Vêem-nos como concorrentes aos empregos.
Os imigrantes são menos exigentes, não reclamam, são prestáveis e estão sempre prontos para trabalhar. Essa postura por vezes, traz-lhes alguns problemas na área do trabalho, mas não são só esses, os problemas dos imigrantes. Existem alguns obstáculos sociais de integração e por vezes alguma incompreensão e também algum preconceito.
Ao contrário do que as pessoas dizem, eles não vêm tirar o trabalho aos portugueses, eles vêm sim, é fazer os trabalhos que os portugueses não querem fazer, por serem duros, sujos, monótonos, etc.
Vêem-se os imigrantes a trabalhar nas limpezas, na construção civil, na construção das estradas, nas recolhas do lixo, nas pescas, na agricultura, etc. Vêm preencher lacunas que são muito importantes para o desenvolvimento do país. Também vêm povoar as zonas rurais, no interior do país.
Um estudo recente, verificou que os imigrantes provenientes do Brasil instalaram-se essencialmente no litoral, os imigrantes dos países do Leste europeu espalharam-se por todo o território, especialmente no interior rural, enquanto os imigrantes africanos preferem Lisboa e a zona envolvente, designada por grande Lisboa.
Os imigrantes são uma mais-valia muito importante para Portugal, significam uma nova esperança de renovação, uma nova dinâmica e um sopro de ar fresco.
Os portugueses são um povo que ao longo dos séculos têm emigrado para os quatro cantos do mundo. Um povo que depois da chegada ao destino previsto, se instalam e trabalham arduamente para proporcionar bem-estar às suas famílias, esquecendo-se por vezes, de si próprio.
A diáspora portuguesa teve início no século XVI quando os portugueses começaram a colonizar as terras que iam descobrindo. Um processo que nunca mais parou até aos dias de hoje.
Os portugueses partiam porque desejavam mudar de vida e queriam proporcionar melhores condições de vida aos seus descendentes. Quando as coisas não corriam bem, quando o espectro da fome e da miséria aparecia, partiam.



Partiam e ainda partem, silenciosamente. Partem tristes por terem que deixar tudo, mas decididamente e com algum sentimento de aventura, que provavelmente já faz parte dos genes do cidadão nacional. Rapidamente se instalam e se adaptam às novas condições. Roídos pela saudade dos que ficaram, mas firmes em construir algo de novo e em ganharem dinheiro, trabalham afincadamente e economizam. Primeiro com o intuito de voltarem, mas são poucos os que regressam. Os filhos crescem e integram-se na nova sociedade: eles próprios adoptam outras posturas culturais e ao fim de alguns anos, quando vêm de férias, sentem-se diferentes, adquiriram outros hábitos e por vezes quando regressam a Portugal, tornam-se críticos em relação à realidade portuguesa, comparando-a com o país onde vivem, essa crítica é um grito de revolta contra algo que persiste e que profana o país que eles tanto amam. É um antigo hábito português, o dizer mal e já vem de longe o “escárnio e mal dizer”. Este hábito é um verdadeiro paradoxo: se há povos apaixonados pelo seu país, o povo português, é um deles: quando algo acontece que engrandeça o país é vê-los: em casa, nas ruas e por todo o lado a festejarem a chorarem de alegria com os sucessos de Portugal. Porem, noutras ocasiões só se ouve é dizer mal de tudo e de todos, com especial relevância para crítica persistente ao país, ou seja: dizemos mal de nós próprios, porque o país, não é o governo nem as autoridades em geral, o país somos todos nós. Este é um hábito muito errado, na minha opinião. Em todas as situações existem sempre duas vertentes para ver os problemas: uma positiva e outra negativa. Devia-se escolher sempre a vertente positiva porque eleva a moral, é construtiva, é optimista, é saudável e repara e anula o que está mal: o negativismo. Infelizmente o povo português optou pelo negativismo, um caminho que nos traz grande infelicidade e que não, nos deixa prosperar e que provavelmente, nos vai incentivando a partir cada vez mais. Tem sido sempre assim. Os portugueses partem em vagas sucessivas de acordo com a realidade económica de Portugal: umas vezes partem aos milhares como aconteceu nos anos: cinquenta e sessenta, do século passado. Outras vezes, vão saindo aos poucos, como acontece no momento presente. Contudo, não são em contínuo essas partidas: Direi que partem uns milhares durante um determinado período, depois as coisas melhoram, para os que cá ficam e o fluxo pára.
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Uma das característica da Diáspora Portuguesa é manter a chama acesa e leal, para com o país, enquanto a primeira geração viver. Depois essas relações com Portugal vão-se atenuando à medida que a primeira geração vai dando lugar à segunda, que ainda mantêm algum empenho, nessas relações, que depois se transforma em vestígios muito ténues, com a terceira geração. Acabando por cessar totalmente os laços com o país ancestral, nas gerações seguintes. Tal como no poema:” Navegar é Preciso” de Fernando Pessoa os emigrantes portugueses quando partem acabam por concretizar, embora inconscientemente, o que o poeta afirma: Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso". “Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha. Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça. “


                                      
Tenho para mim que este poema de Fernando Pessoa descreve a Génese do povo português. Evidentemente que quando Fernando Pessoa o escreveu, pensou que estava a escrever sobre ele próprio. Mas o seu subconsciente foi muito mais abrangente, e abarcou neste poema todo um povo.
O povo português tem povoado outros países, outras regiões, tem enriquecido muitas partes do planeta, com o seu engenho, com o seu trabalho, com a sua cultura, com a sua inteligência. Portugal efectivamente tem dado mundos ao mundo, não só no âmbito histórico das descobertas marítimas, mas também continuamente, através da sua Diáspora.


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Seixal, Setúbal, Portugal