O orgulho, quando existe só, sem
acrescentamento de vaidade, manifesta-se, no seu resultado, como timidez: quem
se sente grande, porém não confia em que os outros o reconheçam por tal, receia
confrontar a opinião que tem de si mesmo com a opinião que os outros possam ter
dele.
A vaidade, quando existe só, sem
acrescentamento de orgulho, o que é possível porém raro, manifesta-se, no seu
resultado, pela audácia. Quem tem a certeza de que os outros vêem nele valor
nada receia deles. Pode haver coragem física sem vaidade; pode haver coragem
moral sem vaidade; não pode haver audácia sem vaidade. E por audácia se entende
a confiança na iniciativa. A audácia pode ser desacompanhada de coragem, física
ou moral, pois estas disposições da índole são de ordem diferente, e com ela incomensuráveis.
Alguns textos autobiográficos ou filosóficos de
Fernando Pessoa, do seu livro do desassossego, continuam me deslumbrando. Não resisto
à tentação de transcrever alguns!
No resistas de compartir este tipo de texto porque resultan muy importantes.
ResponderEliminarExcelente texto, muchos cariños para ti.
Bajo la Lupa
Muito obrigado querida Gigliola. A vontade de escrever é muita, mas nem sempre se tem esse engenho e arte! compartilhar é muito mais fácil,mas para isso, também é necessário que o texto compartilhado me toque a alma! Entendes? Um grande beijinho.
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