Por vezes perguntam-me qual foi o livro que eu mais gostei
de ler.
A essa pergunta fico
sempre um pouco embaraçado porque nunca sei ao certo. Normalmente gosto do que
estou a ler no momento! Mas, se pensar melhor, certamente, já existiram outros livros
que eu adorei! Há livros que me ficaram para sempre na memória e outros que se
me apagaram completamente.
Lembro-me por exemplo de livros que admirei muito quando
era jovem, como o Dom Quixote de La Mancha de Cervantes, ou o Moby Dick de Herman Melville e a Odisseia de Homero. Se
recuar mais no tempo, aos meus tempos de meninice, o primeiro livro que me prendeu
e que nunca mais me esqueci foi o Robinson Suíço de Johann Rudolf Wyss. Todos
esses livros me deixaram marcas indeléveis.
Também houve livros,
que são inesquecíveis para mim, por uma ou outra característica, como por
exemplo: Os Miseráveis de Victor Hugo, que levei três anos a lê-lo, não pelo
facto de ser um livro com muitas páginas, mas sim, pela irritação que me
causava a história protagonizada por João de Valjean e os sofrimentos que lhe
foram causados pelo miserável comportamento dos seres humanos, mas o livro é muito
mais que um drama, são muitas histórias dentro de uma história. Outros livros
que também muito me agradaram, foram as Histórias Extraordinárias de Edgar
Allan Poe, as Noites Brancas de Dostoiévski e O Processo de Kafka.
Claro que existem outros livros fabulosos, principalmente provenientes
da grande literatura portuguesa: as obras de Eça de Queirós, de Camilo Castelo
Branco, Fernando Pessoa, Luís de Camões e tantos outros monstros sagrados da
literatura portuguesa.
Gosto imenso de ler e comprar livros, porém o exercício da
leitura é incomensuravelmente inferior à prática de os comprar, de forma que
isso resulta numa biblioteca cheia de livros virgens, que esperam displicentemente
pela sua vez.
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