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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Índia terra de contrastes ( 5ª )















Os Vedas  (5ºparte)

Os Vedas são os textos mais antigos do hinduísmo, e também influenciaram o budismo, o jainismo e o sikhismo. Os Vedas contêm hinos, encantamentos e rituais da Índia antiga. Juntamente com o Livro dos Mortos, com o Enuma Elish, (poema épico Babilónico); I Ching (O livro das Mutações, texto clássico chinês) e o Avesta,( escrituras do zoroastrismo, da Pérsia que datam de 500 a.C.) eles estão entre os mais antigos textos religiosos existentes. Além de seu valor espiritual, eles também oferecem uma visão única da vida quotidiana na Índia antiga. Enquanto a maioria dos hindus provavelmente nunca leram os Vedas, a reverência por mais uma noção abstracta de conhecimento (Veda significa "conhecimento" em sânscrito) está profundamente impregnada no coração daqueles que seguem o Veda Dharma.
Existem quatro Vedas:
Rig Veda: Conhecimento dos hinos, 10.859 versos.
Sama Veda: Conhecimento da música clássica, 1.549 versos.
Yajur Veda: Conhecimento da liturgia, 3.988 versos.
Atharva Veda: Conhecimento da Medicina, 100.000 versos.
Upanixades: comentários aos Vedas, contendo sua essência mística.
Os Upanixades são denominados Vedanta, porque eles contêm uma exposição da essência espiritual dos Vedas. Entretanto é importante observar que os Upanixades são textos e Vedanta é uma filosofia. A palavra Upanishad significa "sentar-se próximo ou perto", pois os estudantes costumavam sentar-se no solo, próximos a seus mestres. Os Upanixades organizaram mais precisamente a doutrina védica de auto-realização, yoga, e meditação, karma e reencarnação, que eram veladas no simbolismo da antiga religião de mistérios. Os mais antigos Upanixades são geralmente associados a um Veda em particular, através da exposição de uma brâmana ou Aranyaka, enquanto os mais recentes não.
Formando o coração da Vedanta (Final dos Vedas), eles contêm a técnica de adoração aos deuses védicos e capturam a essência do dito do Rig Veda "A Verdade é Uma". Eles colocam a filosofia hindu separada e acolhendo uma única e transcendente força imanente e inata na alma de cada ser humano, identificando o microcosmo e o macrocosmo como Um. Podemos dizer que enquanto o hinduísmo primitivo é fundamentado nos quatro Vedas, o Hinduísmo Clássico, a Ioga e Vedanta, e correntes tântricas do Bhakti foram modelados com base nos Upanixades.
Puranas - Smriti.
Os Puranas são considerados smriti; ensinamentos não escritos passados oralmente de uma geração a outra. Eles são distintos dos shrutis ou ensinamentos em escritos tradicionais. Existem um total de 18 Puranas maiores, todos escritos em forma de versos. E dito que estes textos foram escritos muito anteriormente ao Ramaiana e ao Mahabharata.
Acredita-se que o mais antigo Purana provém de cerca de 300 a.C., e os mais recentes de 1300-1400 d.C. Apesar de terem sido compostos em diferente períodos, todos os Puranas parecem ter sido revisados. Tal facto pode ser notado porque todos eles comentam que o número de Puranas é 18.
Os Puranas variam muito: o Skanda Purana é o mais longo com 81.000 versos, enquanto o Brahma Purana e o Vamana Purana são os mais curtos com 10.000 versos cada. O número total de versos em todos os 18 Puranas é 400.000.
As Leis de Manu.
Manu é o homem lendário, o Adão dos hindus. As leis de Manu são uma colecção de textos atribuídos a ele.
Bhagavad Gita.
A Bhagavad Gita (Bagavadguitá em português) é considerado parte do Mahabharata (escrito em 400 ou 300 a.C.), é um texto central do hinduísmo, um diálogo filosófico entre o deus Krishna e o guerreiro Arjuna. Este é um dos mais populares e acessíveis textos do hinduísmo, e é de essencial importância para a religião. O Gita discute altruísmo, dever, devoção, meditação, integrando diferentes partes da filosofia hindu.
O Ramaiana e o Mahabharata.
O Ramaiana e o Mahabharata são os épicos nacionais da Índia. São provavelmente os poemas mais longos escritos em todo o mundo. O Mahabharata é atribuído ao sábio Vyasa, e foi escrito no período entre 540 e 300 a.C.. O Mahabharata conta a lenda dos báratas, uma das tribos arianas.O Ramaiana é atribuído ao poeta Valmiki, e foi escrito no primeiro século d.C., apesar de ser baseado em tradições orais que datam de seis ou sete séculos a.C.

Mitologia hindu Base:
BramaVixnuShiva (trindade indu)

Divindades:
Aditya • Mitra • Aryaman • Bhaga • Varuna • Daksha • Ansa • Indra • Savitri




















   Deuses auxiliares:
Ganexa • Parvati • Sarasvati • Lakshmi • Cali



         



Outros deuses:
Abhaswaras • Abhimani • Aditi • Agni • Airâvata • Akilandeswari • Amrita • Apsarás • Ardjuna • Ariaman • Asuras • Aswini • Avatar • Bali • Bavani • Bod • Bonzo • Brahm • Brahman • Brahmanes • Brahmine • Bram • Brama • Brâman • Brâmane • Brâmine • Caktis • Cakya-Muni • Calidasa • Câma • Carma Cartikeia • Chardo • Conversa • Cri • Crixna • Dastas • Darma • Devas • Durga • Dusak • Emakong • Erunia • Eruniakcha • Ganas • Ganez • Ganges • Garuda • Gautama • Guira • Hanza • Iama • Indra • Indrani • Indu • Isamia • Izvara • Kala • Kalidasa • Kalki • Kâma • Kâma-Deva • Kamagra • Kança • Kapila • Kartikeya • Kchatrya • Kchatryani • Kusa • Kuvera • Lakshmi • Lava • Linga • Lotus da Boa • Lei • Mahadeva • Manaswamin • Manava-Dharma-Sâstra • Manu • Meru • Mitra • Mitríacas • Mudevi • Muruts • Nandi • Ormazd • Para-braman • Paraçu-rama • Pârana • Párias • Parvati • Pradjapati • Pradyumna • Pritivi • Puchan • Rakshasa • Rakchas • Râma • Râma-tchandra • Ramaiana • Rati • Râvana • Richis • Rig veda • Ruckmini • Rudra • Sach • Sakra • Salamandra • Sani • Sarasvati • Shashti • Savitri • Sita • Skanda • Sôma • Soradeus • Sudra • Sudrani • Sura • Surya • Svarga • Tantras • Tantrismo • Tchandra • Tchandramas • Tchinewad • Thug • Tuas • Tugue • Twachtri • Ure • Urvace • Uschas • Vacyá • Vaixiá • Valmiki • Vamana • Varuna • Vayú • Viaça • Virabhabra • Vritza • Vyasa • Wecya • Wecyani • Xatria • Xatriani Yama • Yoni • Zend • Zervane-akerene.


              

                                                       
    




Índia terra de contrastes ( 4ª )



4ª Parte (continuação)
As práticas hindus geralmente envolvem a procura da consciência de Deus, e por vezes também a procura de bênçãos dos devas. Assim, o hinduísmo desenvolveu muitas destas práticas como forma de ajudar o indivíduo a pensar na divindade no meio à vida quotidiana. Os hindus podem praticar a pūjā (culto ou veneração) tanto em casa como num templo. Nos seus próprios lares os hindus frequentemente costumam ter um altar, com ícones dedicados às suas formas escolhidas de Deus. Os templos costumam ser dedicados a uma divindade primária e às divindades subordinadas que lhe são associadas, embora alguns templos sejam dedicados a mais de uma divindade. A visita a templos não é obrigatória e muitos visitam-nos apenas durante os festivais religiosos. Os hindus realizam seu culto através dos ícones; o ícone serve como uma ligação tangível entre o fiel e Deus. A imagem costuma ser considerada uma manifestação de Deus, já que Ele é permanente. O hinduísmo possui um sistema desenvolvido de simbolismo e iconografia para representar o sagrado na arte, na arquitectura, na literatura e nas suas liturgias. Estes símbolos estão de acordo com as escrituras, mitologia ou tradições culturais. A sílaba Om que representa o Parabrahman (Brama: o Espírito Universal) e o sinal da suástica (que simboliza auspiciosidade) acabaram passando a representar o próprio hinduísmo, enquanto outros símbolos, como a tilaka, (sinal usado na testa) identificam um seguidor da fé. O hinduísmo ainda apresenta diversos símbolos que são normalmente associados a divindades específicas, como o lótus, chakra e veena.

Os mantras são invocações, louvores e orações que, através de seu significado, som e estilo de canto, ajudam um devoto a focar a sua mente nos pensamentos sagrados ou exprimir devoção a Deus ou às divindades. Muitos devotos realizam abluções matinais às margens de um rio sagrado, enquanto cantam o Gayatri Mantra ou os mantras Mahamrityunjaya. O poema épico Mahabharata exalta o japa (canto ritualístico) como o maior dever durante o Kali Yuga que os hindus acreditam ser a era presente.

A peregrinação não é obrigatória no hinduísmo, embora muitos de seus seguidores as realizem. Os hindus reconhecem diversas cidades sagradas na Índia, incluindo Allahabad, Haridwar, Varanasi e Vrindavan. Entre as cidades que possuem templos famosos está: Puri, que abriga um dos principais templos O hinduísmo apresenta diversos festivais ao longo do ano. O calendário hindu costuma prescrever estas datas.

Estes festivais tipicamente celebram eventos da mitologia hindu, e coincidem muitas vezes com as mudanças de estação. Existem festivais que são celebrados principalmente por seitas específicas ou em certas regiões da Índia.

O hinduísmo baseia-se no tesouro acumulado de leis espirituais descobertas por diferentes pessoas em diferentes tempos. As escrituras foram transmitidas oralmente, na forma de versos para auxiliar na sua memorização, muitos séculos antes de serem escritos. Ao longo dos séculos diversos sábios refinaram estes ensinamentos e expandiram o cânone. Na crença hindu pós-védica e moderna a maior parte das escrituras não costuma ser interpretadas literalmente; dá-se mais importância aos significados éticos e metafóricos derivados deles. A maior parte dos textos sagrados está em sânscrito, e os textos se dividem em duas classes: Shruti e Smriti.

Ao contrário do que se pensa, a crença popular, do Hinduísmo não é politeísta nem estritamente monoteísta. A variedade de deuses e avatares que são adorados pelos hindus são compreendidos como diferentes formas da Realidade Única, mas, algumas vezes são vistos como mais do que um mero Deus.

Acreditando na origem única como sem forma ou como um Deus pessoal, os Hindus compreendem que a verdade única pode ser vista de forma variada por pessoas diferentes. O Hinduísmo encoraja os seus devotos a descreverem e desenvolverem um relacionamento pessoal com sua deidade pessoal escolhida na forma de Deus ou Deusa.

Uma Oração: "Saudações à Divina Mãe Durga, que existe em todos os seres na forma de inteligência, misericórdia, beatitude, que é a consorte do Senhor Shiva, quem cria, sustenta e destrói todo o universo".

A maioria dos Hindus adora muitos deuses como expressões variadas do mesmo prisma da Verdade. Entre os mais populares estão Vishnu (como Krishna ou Rama), Shiva, Devi (a Mãe de muitas deidades femininas, como Lakshmi, Sarasvati, Kali e Durga), Ganesha, Skanda e Hanuman.

A adoração das deidades é geralmente expressa através de fotografias ou imagens que são ditas não serem o próprio Deus mas condutos para a consciência dos devotos, marcas para a alma humana que significam a inefável e ilimitada natureza do amor e grandiosidade de Deus. Eles são símbolos do princípio maior, representado mas nunca presumido ser o conceito da própria entidade. Consequentemente, a maneira hindu de adoração de imagens as toma apenas como símbolos da divindade, opostos à idolatria, geralmente imposta erradamente aos hindus.

Mantra: Recitação de mantras originaram-se no hinduísmo e são técnicas fundamentais praticadas até os dias de hoje. A chamada Mantra Yoga, é realizada através de repetições. Dizem que os mantras, através das suas significados, sons e recitação melódica, auxiliam aqueles que os pratica, na obtenção de concentração durante a meditação. Eles também são utilizados como uma expressão de amor á deidade, uma outra faceta da Bhakti Yoga (yoga que conduz à comunhão divina) necessária para a compreensão de murti.( imagem pintura ou escultura) Frequentemente eles oferecem coragem em momentos difíceis e são utilizados para a obtenção de auxílio ou para 'invocar' a força espiritual interior. As ultimas palavras de Mahatma Gandhi enquanto morria foi uma mantra ao Senhor Rama: "Hey Ram!"

O mantra Gayatri é considerado o mais universal de todos os mantras hindus, e invoca o Brama Universal como um princípio de conhecimento e iluminação do sol primordial.

- Aum bhūrbhuvasvah
tat savitūrvareṇyam
bhargo devasya dhīmahi
dhiyo yo naha pracodayāt

"Ó Deus, Tu és o doador da vida, o removedor da dor e da tristeza, que garante a felicidade; Ó Criador do Universo, possamos nós receber a Tua suprema luz, destruidora dos pecados; possas Tu guiar o nosso intelecto no caminho certo.

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