Pôr do Sol no Alentejo

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domingo, 23 de agosto de 2015

Tanta pressão meu Deus! Primeiro foi a morte de meu pai, quatro dias depois: a morte da minha mãe. Depois foi-me detectado a mim, um cancro no pulmão! 
Está encostado à pleura, mesmo junto à coluna, que originou uma ramificação na coluna, com a destruição parcial de uma parte da vértebra.
 Foram as dores horríveis que eu sentia nas costas que me levou a ir ao médico e que me mandou fazer uma TAC em toda a extensão da coluna. Graças ao TAC descobriu-se o cancro.
Foi um choque horrível e tantas conjecturas me passaram pela cabeça, só pensava na morte e dos imensos sofrimentos que por aí viriam! Sempre gostei muito de viver e sempre pensei que iria ter uma vida longa… Mais de metade dos meus projectos ficariam por fazer e na outra metade, ficaram muito aquém do desejado. Do que me ficaria por fazer e o que mais lamentava, foi não ter viajado pelo mundo com a minha mulher, ela adora viajar. Claro que acredito que tudo não acabe com a morte e seria fantástico poder ajudar e acompanhar de longe aqueles que nós tanto amamos. São esses, que mais nos prendem à vida e mais nos fazem sofrer quando pensamos que poderemos partir em breve.

Porém, depois das primeiras consultas e das conversas que tive com os médicos a minha atitude em relação ao cancro mudou!  
A maior parte dos cancros são curáveis e o meu, com 37 mm de diâmetro, apesar da ramificação, está numa fase inicial e isso dá-me muita esperança. Estou a ser tratado no IPO de Lisboa: um hospital fantástico! Os meus médicos inspiram-me muita confiança!
Já fiz os tratamentos de radioterapia em toda a estrutura óssea da coluna e já iniciei os tratamentos de quimioterapia que tantos danos me estão a provocar! Mas jamais desistirei de lutar! Como se diz num famoso slogan politico: a luta continua…

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Seixal, Setúbal, Portugal